Primeira chamada
Projeto 13
Avanços no tratamento dos acidentes ofídicos: estudos pré-clínicos e clínicos, tratamentos alternativos e descentralização da distribuição de antivenenos para áreas remotas da Amazônia
Resumo
Atualmente a região Norte do Brasil é a que apresenta a maior incidência e gravidade de acidentes ofídicos no país. Apesar do alto número de ocorrências, o conhecimento sobre a peçonha dessas serpentes, os envenenamentos humanos e a eficácia dos antivenenos com relação a esses venenos ainda é insuficiente. Além disso, apesar dos avanços para alcançar a autossuficiência em antivenenos de alto padrão e a expansão da rede de distribuição, o acesso ao tratamento ainda não está disponível nas áreas remotas do país, especialmente na Amazônia - e a gravidade e mortalidade dos acidentes aumenta consideravelmente devido às grandes distâncias de barco percorridas pelas vítimas para chegar ao serviço de saúde. Assim, aliado a falta de conhecimento dos venenos das serpentes endêmicas da região juntamente com a dificuldade de acesso ao antiveneno e serviço de saúde, se faz necessário um estudo aprofundado da composição desses venenos e da eficácia do soro para os envenenamentos ocorrentes nas áreas remotas e comunidades indígenas. Além da eficácia dos antivenenos, facilitar o acesso a soroterapia para as comunidades isoladas da Amazônia é um entrave urgente a ser resolvido. Dessa forma, nosso projeto propõe um estudo multidisciplinar para obter mais conhecimento sobre a composição dos venenos das serpentes da Amazônia, e se esses venenos são reconhecidos pelos antivenenos comerciais, além disso, propor tratamentos adjuvantes (uso de inibidores enzimáticos) a soroterapia para complementar o tratamento principalmente dos efeitos locais e validar o protocolo de distribuição dos antivenenos em áreas remotas da Amazônia (descentralização).
Temas
Saúde, Biodiversidade, Áreas Remotas
Abrangência territorial
Amazônia Legal
Pesquisadores responsáveis
Amazonas: Wuelton Marcelo Monteiro / Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira
Dourado (FMT-HVD)
São Paulo: Ana Maria Moura da Silva / Instituto Butantan
Acre: Paulo Sérgio Bernarde / Universidade Federal do Acre (UFAC)
Recursos investidos
R$ 1.030.284, 92